O imperativo gregário aos viventes
Os humanos se agregam
Famílias aldeias cidades
Quando viemos à vida o mundo já estava pronto
A cada um compete incluir-se nêle
Em algum momento reconhece-se líderes
É o mais forte?
É o que defende a todos?
É o que fala ao coletivo?
Envoltas em seus afazeres as pessoas não têm como cuidar dos interesses comuns a todos
De onde vem a água
De onde vem a luz
Pra onde vai o lixo
À beira rio ou mar plantadas cidades são expostas às águas
As marés os dilúvios
Há que protegerem-se e até de uns aos outros
E ao enfrentar as ameaças emergem líderes no grupo
Quem cuida da roça no seu roçado não tem como cuidar do resto
Delegam a quem os represente por afinidade de sangue espírito ou crença
No atendimento às demandas das crescentes sociedades
Nos dias que correm seu castelo é o govêrno
Quem quer ser govêrno
Quem quer governar
Quem quer liderar
A maioria não quer
As vitórias no mundo são feitos de líderes?
Líderes são eternos?
As pessoas em cada canto são milhões
As que vivem mal e as que vivem bem
Com tantas diversas vidas a quem uns e outros reconhecem a liderança
E convencionou-se de tempos em tempos se faz a escolha
É o voto
Cada um escolhe
O cidadão no seu voto confia que o seu eleito vai dar conta do recado
Enquanto roça o roçado não é sua obrigação cuidar de todos
É a obrigação de quem se elege
Ao entrar no castelo vê-se a força e a fraqueza de cada um
Falará pelos fortes?
Falará pelos fracos?
De tempos em tempos se faz a escolha
Sergio Santeiro
13 de novembro de 2020
_
Informações
[email protected]