Terra em tempos: fotografias do Brasil

Técnica e tecnologias

Em 1866, a cidade do Rio de Janeiro acolhia a 2ª Exposição Nacional. Dom Pedro II, colecionador de cerca de 30 mil fotos, inaugurava a exibição, que apresentava itens considerados importantes para os ideais de progresso e modernização do país na agricultura, na indústria e nas artes. 

Reconhecida como inovação industrial artística, a fotografia dividia uma sala expositiva com a pintura. Victor Meirelles, pintor e presidente do júri do evento, incluiu em seu relatório oficial um capítulo sobre a presença da fotografia, oferecendo um dos primeiros registros sobre a prática no Brasil.  

Seis anos antes, em 1860, a primeira fotografia do acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro era feita. De autoria de Justiniano José de Barros, foi revelada a partir de óleo sobre papel de albumina e prata. À base de clara de ovo, a fotografia albuminada foi uma das técnicas mais difundidas no século 19. 

Impulsionada pelo entusiasmo do imperador, a popularização da fotografia estava circunscrita à alta sociedade. Os subsequentes avanços tecnológicos influenciariam sua difusão. Até hoje, sua história pode ser contada também sobre seleções e exclusões: das pessoas e das realidades que foram e não foram retratadas, e de quem tinha ou não acesso aos equipamentos que permitiam capturar suas próprias imagens e contar suas próprias histórias.



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