Os mantos Tupinambá são símbolos da memória do povo Tupinambá e de sua resistência. Datados do século 16, todos eles estão, hoje, em museus europeus, impossibilitando o contato direto entre o povo e sua história. Com o desejo de reivindicá-los e oferecer um presente aos encantados, a artista Glicéria Tupinambá confeccionou, em 2006, um primeiro manto com ajuda de sua comunidade e com a orientação dos mais velhos.
Em sua apresentação no MAM Rio, a obra Pena por pena (2021-2022) é composta por três elementos: um capuz, um manto em processo de fabricação e a estrutura que permite a construção de cada indumentária.
A instalação conta também com um vídeo, em que Glicéria Tupinambá veste um manto completo e se desloca pelo território Tupinambá, no sul da Bahia. A obra audiovisual tem coautoria da artista Fernanda Liberti.