Arissana Pataxó

Em sua produção artística, Arissana Pataxó estabelece diálogos entre a arte tradicional indígena e aquilo que denomina “arte ocidental”, reconfigurando assim as possibilidades da arte contemporânea. Por meio de suas pinturas, fotografias e esculturas, apresenta cenas da vida nas aldeias pataxó, no sul da Bahia, que mostram pessoas e coletivos indígenas como sujeitos autônomos, responsáveis por signos, práticas e valores presentes na sua obra. 

Hãhãw Pataxó: de que lugar você olha? (2022) constrói uma triangulação entre imagens do território Pataxó, pintadas por Arissana, narrativas históricas de europeus que visitaram esse território no século 18 e a própria imagem da pessoa que está olhando a obra, refletida nos espelhos que servem de suporte para o texto. A artista utiliza trechos do diário Viagem ao Brasil (1815-1817), escrito pelo príncipe e explorador alemão Maximiliano de Wied-Neuwied e ilustrado por Friedrich Sellow. O público é convidado a se entender como parte da história de violências e resistência do povo Pataxó desde que Pedro Álvares Cabral avistou o Monte Pascoal, em 1500.





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