Arte experimental em exposição
Ao mesmo tempo que a experimentação dominava os processos de educação e as dinâmicas de criação e intercâmbio entre artistas, no final dos anos 1960 o MAM Rio se torna também um espaço de exposição para práticas artísticas experimentais – “novas linguagens” ou práticas que resultavam de jeitos novos de entender a arte, frequentemente relacionados com pesquisa e crítica. As primeiras aparições dessa arte no museu são resultado da mudança nas linguagens e atitudes dos artistas que haviam ganhado acesso aos Salões ou a outras exposições.
Eventualmente, em resposta a uma demanda de artistas e críticos, é criado, em 1975, um espaço que serve de palco para essas práticas, comumente no terceiro andar do museu. Nesse local, são organizadas durante três anos 38 exposições individuais, incluindo projetos de artistas como Carlos Zilio, Cildo Meireles, Ivens Machado, Lauro Cavalcanti, Letícia Parente, Lygia Pape, Regina Vater, Sonia Andrade e Waltercio Caldas.
As exposições são selecionadas pela Comissão de Planejamento Cultural com base em propostas apresentadas pelos artistas, resultando em exposições caracterizadas pela ideia de projeto. Junto a outras mostras individuais desenvolvidas ao longo desses anos essas exposições fazem do MAM Rio uma plataforma para a criação independente das lógicas do mercado e oferecem um panorama complexo da arte desenvolvida na cidade por várias gerações.