Praça do Aeroporto Santos Dumont
Rio de Janeiro (RJ), 1938
Paisagista: Roberto Burle Marx
Botânico: Henrique Lahmeyer de Mello Barreto
Reforma | 1947-1951
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquitetos: Carlos Frederico Ferreira e Newton Penna Rosa
Botânico: Luiz Emygdio de Mello Filho
Reforma | 1988 – 1993
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquiteto associado: Haruyoshi Ono
A Praça Senador Salgado Filho, em frente ao Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro, já foi considerada “a porta de entrada no Brasil”. O Rio de Janeiro foi a capital do país até 1960, e o lugar apresentava a imagem que tanto a cidade quanto o Brasil pretendiam transmitir aos seus visitantes. Assim como os primeiros estudos da Praia de Botafogo, a praça é considerada o início da sequência de jardins criados por Burle Marx e seus colaboradores para o aterro, na Baía de Guanabara. São projetos associados às transformações urbanísticas de conexão entre o centro e a zona sul da cidade, desenvolvidos ao longo dos anos 1940 e 1950 e, posteriormente, na década de 1970.
Nesse projeto, Burle Marx empregou estratégias habituais em seu trabalho, como o uso de formas livres e curvas para conferir movimento e fluidez aos canteiros, além de espécies nativas da vegetação brasileira, incluindo plantas ornamentais trazidas de viagens, principalmente do Espírito Santo. O jardim conta com um grande espelho d’água com plantas aquáticas, além de vegetação adaptável a regiões litorâneas, capazes de resistir ao vento, o que demonstra a atenção do paisagista às condições climáticas locais. A composição paisagística também utiliza o traçado orgânico no desenho de piso, pavimentado com as pedras portuguesas brancas e vermelhas que se tornaram tradicionais na urbanização do Rio de Janeiro.
