IV Centenário
São Paulo (SP)
IV Centenário
1953 – Paisagista: Roberto Burle Marx
Parque Ibirapuera
Proposta | 1973
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquitetos associados: Haruyoshi Ono e José Waldemar Tabacow
Arquiteto: Croce, Aflalo & Gasperini Arquitetos
Parque Ibirapuera
Proposta | 1992
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquiteto associado: Haruyoshi Ono
Paisagista colaborador: Vera Lúcia Gavinho de Paula Freitas
O Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi concebido como uma grande área verde no centro urbano, dotada de equipamento voltado para estar, lazer e atividades ao ar livre, bem como um local permanente para receber mostras de arte e outros eventos relacionados ao desenvolvimento industrial e urbano. Sua primeira função foi abrigar as principais exposições comemorativas do aniversário de 400 anos da cidade de São Paulo, celebrado em 1954. Um comitê formado para organizar o IV Centenário escolheu o arquiteto Oscar Niemeyer para a construção dos pavilhões e, apesar de Burle Marx ter sido cogitado para realizar o paisagismo, o posto ficou com o engenheiro agrônomo Otávio Teixeira Mendes. Por iniciativa própria, Burle Marx desenvolveu seu projeto para o parque e o submeteu ao comitê. Embora apoiado publicamente pela jornalista especializada Claude Vincent, não conseguiu convencer o presidente da comissão, Francisco Matarazzo Sobrinho. Ainda em 1954, Burle Marx exibiu os desenhos coloridos do projeto que havia feito para o Parque do Ibirapuera em exposições nos Estados Unidos, tendo um deles incorporado ao acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York.
Na década de 1970, com a colaboração de Haruyoshi Ono, José Tabacow e equipe, Burle Marx desenvolveu um projeto de reforma para toda a área verde do parque, priorizando aspectos culturais, de lazer, estar e recreativos, com a instalação de restaurantes, um jardim de esculturas, um ripado para a exposição de plantas e flores, a implantação de quadras, campos esportivos e áreas para piqueniques, propondo a restrição da circulação de automóveis. O projeto não foi executado, houve apenas a realização do jardim das esculturas, localizado junto ao Museu de Arte Moderna, e a implementação parcial do Viveiro Manequinho Lopes. Décadas depois, em 1992, o Escritório Burle Marx projetou mais uma reforma para o parque, visando a adequação da área à recreação e à prática esportiva, com a criação de uma ciclovia e uma pista de corrida. Havia também a preocupação de proporcionar aos visitantes ambientes para a educação artística, a leitura – com bancos, mesas, espreguiçadeiras e locais para redes – e atividades ao ar livre relacionadas a teatro, circo, dança e música. Porém, nenhuma dessas ideias chegou a ser implementada.
