MAM Rio
Rio de Janeiro (RJ), 1956 – 1960
Adequação | 1969
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquitetos associados: Maurício César Monte, Júlio César Pessolani Zavala, Fernando Tábora Pena e John Godfrey Stoddart
Arquitetos colaboradores (1969): Andrés Chiriboga e J. Maria de Araújo Souza
Arquiteto: Affonso Eduardo Reidy
Arquiteto: Izidor Bandarovsky
Tombamento federal, como parte do Parque do Flamengo
O edifício do MAM Rio, projetado por Affonso Eduardo Reidy, e seu jardim de 40 mil metros quadrados faziam parte de um planejamento de modernização e urbanização da cidade, que englobava o desmonte de morros e aterros para a ligação do centro à zona sul. Nesse contexto, são marcas emblemáticas de um projeto de país, visando à expansão espacial para afirmar a ideia de progresso e forjar uma identidade nacional. Em diálogo com a arte moderna, o paisagismo de Burle Marx e seus colaboradores desenvolve, no solo plano da região, uma composição de canteiros geométricos desenhados por vegetação com cores, volumes e texturas distintos, e pedras. Também foram propostos o jardim do terraço – com canteiros ortogonais e piso de pedras pretas e brancas com padronagem geométrica – e, no térreo, um pequeno pátio semi-interno com um espelho d’água. No acesso principal do museu, foi projetada uma praça composta de três espelhos d’água e um desenho de piso com pedras portuguesas brancas e vermelhas.
O projeto assinado pelo Escritório Burle Marx atravessa os pilotis, interligando os dois lados da construção pelo padrão de ondas do piso: de um lado, a cidade; de outro, a Baía da Guanabara. O jardim de esculturas, também conhecido como “jardim de pedras”, e a grande extensão de gramado – desenhado com duas variações de grama verde-clara e verde-escura, visando a recriar o padrão de ondas dos mosaicos portugueses – mostram-se um espaço para lazer e atividades ao ar livre, ampliado pela construção do Parque do Flamengo nos anos seguintes.
