Parque Zoobotânico de Brasília

Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB)

Brasília (DF), 1960 – 1966
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquitetos associados: Júlio César Pessolani Zavala, John Godfrey Stoddart, Fernando Tábora Pena e Maurício César Monte

Nesse projeto, Burle Marx sustenta a experiência do Parque de Araxá (MG) e do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro (RJ), projetados anteriormente, e estabelece relações entre elementos característicos do hábitat de cada espécie, como o uso de plantas, animais e pedras. A área destinada ao parque era de seis milhões de metros quadrados, e o princípio básico da elaboração deste projeto foi a relação do animal com seu hábitat e das diversas espécies botânicas com seus ambientes – em termos de clima, solo e geologia. O principal objetivo do parque era o de recriar ambientes carregados de significado ecológico e representativos da fauna e da flora dos biomas brasileiros, estendendo-se às zonas equatoriais (África, Ásia, Austrália, partes da Europa e América do Norte). O projeto, que não foi executado, faz parte de um ideal modernista de integração do país, marcado pela construção de Brasília. 

O parque seria dividido em duas grandes áreas. A primeira abrangeria, além do setor administrativo, atividades e programas, a exibição de animais em ambientes controlados, setores de recreação e ensino, medicina veterinária, jardinagem comercial etc. A segunda parte ocuparia uma área maior e seria destinada às zonas ecológicas, tratadas de maneira mais livre a fim de garantir ambientes em que tanto a vegetação como a vida silvestre se misturassem à paisagem. Um trem de circulação facilitaria o passeio do público pela grande extensão do parque, o que proporcionaria um contato mais estreito com a fauna e a flora dos vários ambientes, em áreas com recantos sombreados, recintos para animais, lagoas com plantas aquáticas e outros elementos representativos de cada zona.




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