Marcos Chaves | Brasis from mamrio on Vimeo.
Marcos Chaves nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1961. Ele se apropria de imagens e objetos cotidianos encontrados em suas constantes andanças pela cidade e com eles realiza combinações inesperadas ou promove deslocamentos de sentidos. Observador agudo, frequentemente injeta uma dose de paródia em seus trabalhos, que podem aparecem em forma de fotografias, vídeos, objetos ou instalações.
O artista é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula (RJ) e fez cursos de arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Fez exposições individuais no Paço Imperial, Museu de Arte do Rio (MAR), Fundação Eva Klabin no Rio de Janeiro, MAC Niterói, Paço das Artes em São Paulo, Museu da Imagem e do Som (MIS – SP) e Centro Cultural São Paulo, entre outras instituições e galerias de arte no Brasil, na Europa e nos EUA.
Participou da Manifesta 7, na Itália; 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 1ª e 5ª Bienais do Mercosul, em Porto Alegre; 17ª Bienal de Cerveira, Portugal; 4ª Bienal de Havana, Cuba; e em outras coletivas em instituições como o Mori Art Museum, Tóquio; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Martin-Gropius-Bau, Neuer Berliner Kunstverein (NBK), Berlim, e Ludwig Museum, Colônia, Alemanha; Iziko South African National Art Gallery; Jim Thompson, Bangkok, Tailândia; Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci, Prato e Milão, Itália.
Obras suas fazem parte das coleções do MAM Rio; Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; Itaú Cultural, São Paulo; The Ella Fontanals-Cisneros Collection, Miami; Centro de Arte de Caja de Burgos, Espanha; e Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci, Prato, Itália, entre outras.
Marcos Chaves, Brasis (2020), vassouras (madeira, plástico, lata e aço inoxidável), 235 x 35 x 10 cm. Tiragem: 30 + 4 PA.
Duplas de objetos já haviam aparecido no trabalho de Marcos Chaves, na série Hommage aux Mariages (1989). Ele já havia conectado também vassouras, só que sem o cabo, em Irene ri (1994), que tem como título o palíndromo de Caetano Veloso da música composta por saudade da irmã caçula durante a sua prisão na ditadura militar. Desta vez, pouco antes da pandemia do Covid-19, Chaves voltou a pesquisá-las. Na fábrica Vassouras Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, se deparou com a beleza da fábrica, com piaçavas, cerdas coloridas, e descobriu caixas com as vassouras da marca Brasil.
Trouxe algumas para o ateliê, estudou a resistência do encaixe sem fixação e desenvolveu três maneiras de pendurar o objeto: horizontal na parede, vertical na parede ou pendurado pelo teto. “Esse encaixe do trabalho é o que seria o encaixe das polaridades no Brasil do momento. Ele é colorido; a gente é cheio de vida; os Brasis são cheios de vida. Essas cores são a estrutura da peça. Dois pólos que existem porque se sustentam”, diz o artista.