Cabelo

Cachoeiro de Itapemirim ES, 1967
Vive e trabalha no Rio de Janeiro

Poeta, músico e artista plástico, Cabelo considera seus desenhos, pinturas, esculturas, canções, performances, vídeos e instaurações manifestações da poesia. Suas criações, que podem acontecer tanto no cubo branco quanto na rua, envolvem universos fantásticos e ao mesmo tempo fazem referência a situações poéticas e a fatos políticos. São frequentes as composições sobre tecidos diversos, incluindo voile, com figuras de formas singulares, muitas vezes misturadas a textos ou palavras soltas, que não criam necessariamente sentenças coerentes. A palavra para Cabelo é também um desenho, uma peça gráfica a ser explorada em suas construções.

Outro elemento essencial em seu trabalho é o som. Composições solo ou em parceria com outros músicos são uma constante em sua carreira. Atualmente, segue com o projeto Luz com Trevas, uma exposição, show e disco que se misturam formando uma só obra. Já Capa antigravidade — Tom Jobim/Superoutro (2000) surgiu com a série de exposições com curadoria de Felipe Taborda, “A imagem do som”, em que artistas criavam trabalhos inspirados nas músicas de ícones da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso e, no caso de Cabelo, Tom Jobim. Baseado na música “A felicidade” (Tristeza não tem fim/ Felicidade sim/ A felicidade é como a pluma/ Que o vento vai levando pelo ar/ Voa tão leve/ Mas tem a vida breve/ Precisa que haja vento sem parar), ele incorpora referências do média-metragem de Edgar Navarro, Superoutro. Munido de uma capa, o personagem principal, cujo compromisso é alargar o campo do que é possível, joga-se do Elevador Lacerda, em Salvador, e grita “Abaixo à gravidade!”



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