Hélio Oiticica

Rio de Janeiro RJ, 1937 – 1980

Seus trabalhos mantêm um caráter plural, desde elaborações teórico-artísticas até experimentos que requerem a participação ativa do público. Oiticica superou a noção comum de se fazer arte e do tradicional conceito do que era arte, propriamente dita. Além de redefinir os conceitos artísticos de sua época, ele buscou dialogar com o público de uma maneira, até então, inovadora na cena artística brasileira, buscando a participação do público em seus trabalhos. A partir de Oiticica, a arte passa do estado de contemplação para afetar os comportamentos, tendo uma dimensão ética, social e política.

No fim da década de 1960, é levado pelos colegas Amílcar de Castro e Jackson Ribeiro a colaborar com a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Envolve-se com a comunidade do Morro da Mangueira e dessa experiência nascem os Parangolés. Trata-se de tendas, estandartes, bandeiras e capas de vestir que fundem elementos como cor, dança, poesia e música e pressupõem uma manifestação cultural coletiva. Em 1967, as questões levantadas com o Parangolé desembocam nas Manifestações Ambientais com destaque para Tropicália, espécie de labirinto sem teto que remete à arquitetura das favelas e em seu interior apresenta um aparelho de TV sempre ligado. Depois que o compositor Caetano Veloso passa a usar o termo tropicália como título de uma de suas canções, ocorrem diversos desdobramentos na música popular brasileira e na cultura que ficam conhecidos como tropicalismo.



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