Nascido em Mesquita, em 1960, Arjan Martins conduziu sua trajetória para pinturas que aparecem como cartografias da história e do presente do povo negro, a partir da diáspora africana e do oceano Atlântico, referenciando-se no Rio de Janeiro.
“Fui encontrando assuntos que estavam na história, na política, assuntos extra-aula de estética, assuntos mais urgentes que me levaram a essa necessidade de expressão através de um dispositivo articulado em vários suportes: parede, rua, muros, cidade, madeira, papel”, declarou o artista em entrevista a curadora-chefe do MAM Rio, Raquel Barreto, no livro sobre ele publicado em 2020 pela editora Cobogó.
No MAM Rio, Arjan Martins participou da mostra coletiva “Arte Brasileira Hoje” nos anos de 2004 e 2005, e realizou em 2014 a exposição individual “Américas”, com curadoria de Paulo Sérgio Duarte.
“Tem muito material que me torna um artista, mas não necessariamente são temas artísticos. Às vezes está dentro da ciência política, da economia, da história. Existe uma convergência de temas e de suportes também. O que pode me tornar um artista é um pouco o meu modo de receber essas informações e como eu as devolvo para o mundo.”
Arjan Martins, em entrevista a Raquel Barreto, 2020
Sem título, 2013; acrílica sobre tela; 200,3 x 300 cm; Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio
Retrato de Gilberto Chateaubriand, 2005; carvão sobre papel. 101,6 x 76,1 cm; Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio
Sem título, 2002; sangüínea sobre papel; 29,5 x 41,2 cm; Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio
Sem título, 2002; sangüínea sobre papel; 29 x 41,5 cm; Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio