Celeida Tostes foi escultora e professora. Escolhe o barro como a principal matéria-prima de sua obra. Sua produção artística transcende a funcionalidade da cerâmica, transformando-a em um campo de experimentação, em que se destaca o tema da feminilidade.
Destaca-se sua formação na Escola Nacional de Belas Artes, em 1955, e a bolsa de estudos proporcionada pelo governo estadunidense na University of Southern California, onde estreitou sua pesquisa em técnicas industriais de cerâmica.
Sua produção conduz a cerâmica para além da funcionalidade, colocando-a como uma forma de exercício experimental no âmbito da pesquisa na arte contemporânea. Dentre seus temas, estão a fertilidade, a maternidade, o nascimento e o corpo.
“Despojei-me. Cobri meu corpo de barro e fui. Entrei no bojo do escuro, ventre da terra.
O tempo perdeu o sentido de tempo. Cheguei ao amorfo. Posso ter sido mineral, animal, vegetal. Não sei o que fui.”
Celeida Tostes, sobre sua obra “Passagem” (1979)
João-de-barro, 198-; cerâmica e grama; 20 x 20,7 x 16 cm;
Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Mó, 1984; barro, argila, óxidos metálicos, cimento e material de refugo; 156,5 x 1,05 x 54 cm; Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro