Djanira

Um grande poder de síntese, uma visão original e o olhar atento aos tipos, costumes e paisagens de diversas regiões brasileiras onde viveu ou para onde viajou são marcas da pintura da artista paulista Djanira da Motta e Silva (1914-1979). Entre seus temas estão cenas de trabalho, agricultores, artesãos, indígenas, festas regionais e religiões de matrizes africanas.⠀

Autodidata, Djanira começou a pintar desenhando o mundo modesto que a cercava no interior. Nos anos 1930, instalou uma pensão familiar em Santa Teresa, teve aulas de pintura com Emeric Marcier e fazia, à noite, o curso de desenho no Liceu de Artes e Ofícios. Conheceu Maria Helena Vieira da Silva, Milton Dacosta e Carlos Scliar, que frequentavam sua pensão.

“Autorretrato” (1944). óleo sobre tela, 65,5 x 53,2 cm/ 92 x 80 x 4 cm. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

“Retrato de Milton Dacosta” (1940), óleo sobre tela. 53 x 44 cm/ 75,8 x 66,2 721 x 3,6 cm. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Em 1945 iniciou uma temporada de dois anos em Nova York, onde entrou em contato com Fernand Léger, Joan Miró e Marc Chagall, e se interessou sobretudo pela obra de Pieter Bruegel. Nunca se afastou da temática popular.

Na volta, criou o mural “Candomblé” na casa de Jorge Amado em Salvador e um painel para o Liceu Municipal de Petrópolis. Entre 1953 e 1954, fez viagem de estudo à União Soviética. Em 1958, criou o painel monumental de azulejos para a capela do túnel Santa Bárbara, no Rio de Janeiro, hoje no acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Entre muitas exposições e várias retrospectivas, a primeira delas no MAM Rio, em 1958, fez as ilustrações do livro “Campo Geral” (1964), de Guimarães Rosa.⠀

“O Violoncelista” (1944), óleo sobre tela, 72,5 x 60,3 cm/ 86 x 74,3 x 4,1, Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Sem título (1942), guache sobre papel, 20,5 x 15,5 cm/ 74,5 x 64,7 x 3 cm. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.



Acessibilidade | Fale conosco | Imprensa | Mapa do Site