Ao longo de sua trajetória, Luiz Sacilotto (1924-2003) transitou em diferentes campos como publicidade, arquitetura, cenografia e artes visuais. Em 1947, realizou suas primeiras experiências no abstracionismo geométrico e participou da coletiva “19 Pintores”. Nessa exposição, o artista conheceu Waldemar Cordeiro e Lothar Charoux, com quem posteriormente fundou o Grupo Ruptura, junto com Geraldo de Barros, Kazmer Féjer, Anatol Wladyslaw e Leopold Haar. Foi o início do movimento de arte concreta em São Paulo.
Em 1952, além de ter participado da XXVI Bienal de Veneza, Sacilotto expôs com o Grupo Ruptura no MAM de São Paulo e assinou seu Manifesto. A convite de Niomar Moniz Sodré Bittencourt, diretora do MAM Rio, entre 1959 e 1960 participou da exposição “Arte Moderna do Brasil”, realizada em Munique, Hamburgo, Amsterdã, Paris, Basiléia, Milão, Madrid, Barcelona e Viena. Em 1977, participou da mostra “Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Um trabalho do artista, a têmpera sobre tela “C 8105”, é parte da Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio. Na composição se destacam as formas geométricas e os tons brilhantes em contraste que criam efeitos visuais de movimento e profundidade.
Foto Vicente de Mello.