Abril na Cinemateca do MAM

Programação online gratuita (www.vimeo.com/channels/cinematecadomam).

O cinema de Rodrigo de Oliveira

Iniciamos o mês de abril com uma retrospectiva dedicada do cineasta, roteirista, montador e crítico de cinema Rodrigo de Oliveira. Serão apresentados seus três longas e três curtas-metragens realizados entre 2012 e 2019. Rodrigo tem uma trajetória singular como realizador, pois antes de realizar seu primeiro curta, já tinha dois longa-metragens (“As horas vulgares”, co-dirigido com Vitor Graize e “Teobaldo morto, Romeu exilado”) que, além de serem exibidos nos circuitos dos festivais, tiveram lançamentos comerciais em diversas cidades do país. Originário da cidade de Volta Redonda e radicado na cidade de Vitória-ES, Rodrigo é sócio da produtora Pique Bandeira filmes que vem se destacando na produção e co-produção de alguns dos filmes mais significativos da produção contemporânea no país, além de realizar um importante trabalho de recuperação da memória audiovisual do Espírito Santo, com o projeto Acervo Capixaba. A retrospectiva faz parte deste esforço que a Cinemateca vem empregando em revisitar e divulgar o cinema brasileiro contemporâneo. A mostra O Cinema de Rodrigo Oliveira conta com o apoio da Vitrine Filmes.

Centenário de Zequinha Mauro

Em abril damos continuidade a homenagem ao centenário de Zequinha Mauro. Filho do pioneiro do cinema brasileiroHumberto Mauro. Zequinha foi um dos mais talentosos e prolíficos fotógrafos de cinema do país com uma produção de mais de uma centena de filmes. Foi também responsável pela formação de diversas gerações de fotógrafos de cinema. E, para além da fotografia, Zequinha montou e dirigiu filmes produzidos pelo Instituto Nacional de Cinema Educativo. Neste mês apresentaremos mais quatro sessões desta homenagem que seguirá até o mês de maio. Em primeiro lugar apresentaremos uma série de curtas co-fotografados por Zequinha ao lado de Manoel P. Ribeiro no INCE. Em seguida teremos uma sessão composta por filmes dirigidos por Zequinha Mauro já no INC. A terceira sessão é dedicada aos filmes em cor fotografados nos anos de 1970, como o filme de Paulo César Saraceni “Laço de fita”. Por fim, a última sessão será enfatizada a parceria com Jurandyr Noronha em cinco curtas.

Veredas do patrimônio audiovisual

Em abril o projeto Veredas do patrimônio audiovisual focaliza as vanguardas cinematográficas e apresenta uma obra daquele que é considerado o primeiro crítico de cinema da história, Louis Delluc (1890-1924). Cineasta, crítico, escritor e animador cultural, Delluc é possivelmente o criador do termo “cine-clube”. Figura central da vanguarda do cinema francês do período silencioso ao lado de nomes como Germaine Dulac e Jean Epstein, em 1922 Delluc realiza La femme de nulle part aquele que seria considerado seu principal e mais bem suscedido filme. A valorização e conservação de sua obra está diretamente ligada ao empenho de Henri Langlois, fundador da Cinemateca Francesa. E vem justamente da Cinemateca Francesa a cópia restaurada que apresentamos deste filme que é, até onde pudemos levantar, inédito no Brasil. Acompanhando a apresentação do filme de Louis Delluc teremos uma conferência de nossos colegas da Cinemateca Francesa que apresentarão um pouco do trabalho por trás da plataforma de difusão online da instituição, batizada, justamente em homenagem a seu fundador, Henri.

Cinemateca Júnior

Por fim, exibiremos uma preciosa sessão com dois filmes realizados coletivamente em oficinas de animação conduzidas por nossos colegas da Cinemateca Portuguesa dentro do projeto Cinemateca Júnior. São animações em duas técnicas diferentes, a primeira em stop motion faz uma linda homenagem ao 25 de abril, a chamada Revolução dos Cravos. A  segunda em pintura sobre película gera um filme abstrato cheio de poesia.  Ambos os trabalhos foram criados por crianças e adolescentes em oficinas oferecidas no quadro deste pioneiro projeto de nossa congénere portuguesa. 



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