Aliáses (de Sergio Santeiro)

Cada flôr merece seu caminho até fenecer

É preciso assegurar que cada ser vivente viva

Talvez a origem o ser do universo seja um buraco negro acumulando  nanoinfinitesimais energias até expelí-las sob a forma de sóis planetas sistemas galáxias e depois reabsorvê-las sob a forma de energias

Por isso não são iguais nem eternos

É cada um uma original combinação de gases terras líquidos

Haverá vida em outros mundos?

Mas talvez não como a conhecemos

Ou a chamamos

Será apenas um autoretrato?

Os filhos são um crédito na terra em que nasceram e vivem

São a única condição no planeta

São nativos

Quem não é nativo que se arranje

Mas até hoje são os que mais se arranjam

Um dos maiores absurdos da história é que nativos são invadidos e dominados por estrangeiros

Os modos de vida a cultura enfim ali gerados são devastados pelos invasores

Mas não são extintos

Renascem renascerão no novo ciclo natural

A natureza gera e gerará os naturais das terras

Bastaria não se hostilizarem

Não se guerrearem

Não se dominarem

O mundo inteiro em seus diferentes momentos de civilização cabem no planeta

Organismos organizam-se

Orgânicamente

E voltam a ser pura energia

Descorporificam

E vamos cada um elipticamente a cada um de nossos destinos

Gravitando consumidos e expelidos em nova composição cósmica

Nada se perde tudo se transforma

Se assim é e se a tal ponto já chegamos

Sabemos de tudo

Vivenciamos tudo

Por que insistir nos horrores das guerras

Guerras gerais guerras locais guerras individuais

Forças que entrechocam-se forças que destroem-se forças que anulam-se

A força não é pra isso

É pra alavancar o mundo

Botá-lo a favor de todo o vivente

Paz e boa vontade

Sergio Santeiro
21 de março de 2020

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