Um dos frequentadores mais ilustres da Cinemateca do MAM foi o cineasta Humberto Mauro. Pioneiro do cinema brasileiro e latino-americano, ele é tema de um documentário homônimo que abre a segunda semana da Mostra Cinemateca 65 anos. O filme, lançado no Festival de Veneza 2018, está disponível gratuitamente de 17 a 23 de julho no Vimeo do museu (www.vimeo.com/mamrio).
Humberto Mauro de André Di Mauro. Brasil, 2018. Documentário, 90′.
Dirigido por seu sobrinho neto, André Di Mauro, o filme-tributo conta a vida e obra deste pioneiro do cinema brasileiro e latino-americano que produziu, a partir da década de 1930, mais de 300 curtas, médias e longas-metragens, muitas vezes criando seu próprios recursos técnicos para vencer as adversidades.
Em 1925, na pequena cidade de Cataguases, com uma pequena câmera Pathé Baby de 9,5mm, Humberto Mauro realizou seu primeiro exercício cinematográfico “Valadião, o cratera”. Em seguida, realizou um documentário sobre Cataguases e quatro produções de longa-metragem já em 35mm.
Em 1929, vai para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar com Adhemar Gonzaga, dirigindo filmes que tornaram a Cinédia o estúdio o mais importante da época. Seu filme “Ganga Bruta”, fracasso de bilheteria na época, entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Depois de dirigir a Voz do Carnaval (1933), seu primeiro musical e estreia no cinema de Carmem Miranda, Humberto Mauro troca a Cinédia pela Brasil Vita Filmes. E de 1936 a 1964, ele integrou o Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). Humberto Mauro se afastou do cinema em 1974 e passou a viver em seu sítio Rancho Alegre, em Volta Grande, onde morreu aos 86 anos.
Programação completa da Mostra Cinemateca do MAM 65 anos.
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