Março na Cinemateca do MAM

Abrimos o mês com uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A trilogia feminista de Vera de Figueiredo apresenta três obras da cineasta, arquiteta e artista plástica Vera de Figueiredo. Com os longas Femino plural e o Samba da criação do mundo, Vera buscou dialogar com uma nova agenda das discussões sobre feminismo na qual o corpo e o sexo ganham novas dimensões.

O Cinema realizado por mulheres é o foco central do ciclo Veredas do Patrimônio Audiovisual do mês de março.  Apresentaremos a premiada série Women Make Films que revela a contribuição negligenciada por historiadores, imprensa e indústria quanto ao papel criativo e decisivo na evolução da arte cinematográfica.

Clara Bow em “The Wild Party” (1929), sendo dirigida por Dorothy Arzner,

A série explora dezenas de arquivos fílmicos nos cinco continentes e apresenta o trabalho de 183 diretoras desde o final do século 19 até a atualidade. Teremos ainda uma apresentação de Kate Saccone, coordenadora do The Women Film Pioneers Project, projeto que propõe produzir conteúdo sobre centenas de mulheres que trabalham atrás das câmaras no período do cinema silencioso. Ainda dentro do ciclo Veredas apresentamos duas conversas que complementam e desdobram as programações de janeiro e fevereiro. A primeira delas sobre a formação de profissionais brasileiros no campo da preservação audiovisual em Amsterdam e no Eye Filmmuseum, e a segunda sobre o legado do professor Máximo Barro tanto no campo da preservação quanto no estudo de cinema no Brasil.

A Cinemateca do MAM acolhe a 3ª edição do Festival Corpos da Terra que nesta edição apresentará 16 filmes entre curtas e longas-metragens e uma série de debates que procuram pensar o audiovisual como um instrumento de conexão entre diferentes povos e realidades. Este ano o festival, que tem curadoria de Renata Tupinambá, traz o foco na experiência das mulheres indígenas.

Entre os dias 11 e 18 de março apresentamos uma sessão em lembrança aos 10 Anos do Acidente Nuclear em Fukushima. Composta por dois documentários que refletem sobre o acidente e suas consequências, a sessão será acompanhada de um bate-papo com o Dr. Alphonse Kelecom do Laboratório de Radiobiologia e Radiometria do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense. O programa marca ainda a chamada para o 10º Uranium Film Festival que será realizado com o apoio da Cinemateca do MAM entre os dias de 20 a 30 de maio de 2021.

Seguindo nossa programação dedicada à divulgação do cinema brasileiro contemporâneo, neste mês de março apresentamos uma retrospectiva quase integral de um dos diretores mais aclamados do cinema brasileiro contemporâneo, o cearense Petrus Cariry. Ícone do processo de regionalização da produção, Petrus rodou toda sua produção, que tem forte cunho autoral, no Estado do Ceará, dominando referências eruditas amplas, alinhando-se a um cinema sensorial contemporâneo e investigando temas caros à contemporaneidade, como na chamada Trilogia da Morte, formada pelos longas realizados antes de O Barco.

Por fim, completando a extensa programação de março, damos início a uma homenagem ao centenário de Zequinha Mauro. Filho do pioneiro Humberto Mauro, Zequinha foi um dos mais talentosos e prolíficos fotógrafos de cinema do país. Além de ter uma produção de mais de uma centena de filmes, Zequinha formou diversas gerações de fotógrafos de cinema no Brasil.



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