Recados (de Sergio Santeiro)

Os povos mais antigos já ensinaram o que fazer com a vida

E o que não fazer também

Diz que um peixe veio andar na terra e virou gente

Mas não foi assim tão rápido

É coisa pra mais de bilhão e bilhão de anos

Mutações e mutações

O peixe também veio de outra coisa

O fato é que os humanos somos animais

Talvez por isso as mitologias procurem nos identificar com eles

Distribuir o peixe

Ou múltiplas metamorfoses

Cada ser que vem ao mundo é um ser original

É difícil imaginar que seres de outros planetas possam habitar planetas que não os seus de origem

Mas há quem diga que andam pelo universo

Viajar no tempo e no espaço?

Nós daqui ou melhor talvez uns vinte já passaram da atmosfera

Por algum tempo e de volta  em escafandros como os de mergulho

Fala-se em colonizar a lua ou algum planeta

Se aqui já é encrenca imagina lá

 Melhor seria cuidar de um bom mapa-mundi dos recursos naturais

Ainda é tempo

Espalhados mundo afora

Muita coisa já se  foi

É buraco pra todo lado

Dá dó

Diz que são coisas de valor

O ouro a prata o ferro

E outros mil minérios úteis

Úteis pra gastar?

Se gastar somem desaparecem

O tempo é curto 

É sim ou não

Hesito logo existo

Todo mundo precisa chegar ao amanhã

Buraco a 100 metros

Buraco a 50 metros

Caí no buraco

O tempo é rápido

O humano é lento

Como um matuto a cismar na beira da estrada

Sergio Santeiro
28 de nov. de 2020

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