Avenida Atlântica

Calçadão de Copacabana

Rio de Janeiro (RJ), 1970 – 1971
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx 
Arquitetos associados: Haruyoshi Ono e José Waldemar Tabacow

Reforma | 1989 – 1991
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx 
Arquiteto associado: Haruyoshi Ono
Paisagistas colaboradores: Vera Lúcia Gavinho de Paula Freitas e Leonardo de Almeida
Tombamento municipal

O calçadão da praia de Copacabana, na Avenida Atlântica, é um dos símbolos da cidade do Rio de Janeiro. O desenho de ondas feito com pedras portuguesas foi inspirado no piso da Praça do Rossio, em Lisboa, e implantado no local na gestão do prefeito Paulo de Frontin, em 1919. Nos anos 1970, foi proposta a duplicação da avenida por meio de aterramento, como parte do desenvolvimento urbano. Além de melhorar a circulação, a obra promoveu o crescimento e a valorização da zona sul da cidade. Com a expansão populacional, o bairro de Copacabana e, consequentemente, sua orla, tornam-se locais cada vez mais povoados por grupos de diferentes camadas sociais, sendo uma paisagem marcante das diversas relações estabelecidas com o espaço público: do lazer à beira-mar ao comércio informal de quem trabalha na praia.

Burle Marx, com a colaboração de Haruyoshi Ono e José Tabacow, criou para o canteiro central e o piso da calçada junto aos prédios – um enorme painel artístico em mosaico de pedras portuguesas pretas, brancas e vermelhas, integrado à vegetação arbórea. Além disso, deu novo traçado geométrico às ondas do calçadão, com a disposição do padrão do desenho no sentido longitudinal ao mar e à avenida. O projeto também incluiu áreas com bancos ao longo da calçada e áreas de estar sombreadas por árvores e palmeiras. Protegida por tombamento municipal, a construção de quatro quilômetros e meio de extensão cria uma paisagem única, nitidamente visível do alto dos prédios, que também acompanha o caminhar dos pedestres.




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