Rio de Janeiro (RJ), 1955
Arquiteto: Francisco Bologna
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquitetos associados: Fernando Tábora Pena, John Godfrey Stoddart e Roberto Clark
Nas décadas de 1940 e 1950, o Departamento de Habitação Popular do Distrito Federal, coordenado por Carmen Portinho, engenheira e primeira mulher brasileira a receber o título de urbanista, foi responsável por uma série de projetos no Rio de Janeiro. Nos moldes do movimento modernista que se difundia pelo país, a iniciativa buscava integrar arquitetura, urbanismo e ideias de educação e sociabilidade, utilizando espaços amplos e verdes. Nesse contexto, em 1955, surge o projeto para o Conjunto Habitacional de Vila Isabel, bairro da zona norte carioca.
Liderado pelo arquiteto Francisco Bologna, o conjunto foi projetado com mais de oitocentas unidades habitacionais de um, dois, três e quatro quartos, distribuídas em quatro tipos de blocos de edificação interligados, e contava com escola primária, ginásio esportivo, teatro, cinema, clube social e capela. Burle Marx e sua equipe foram convidados para fazer o ajardinamento das áreas externas. A proposta geométrica dos canteiros integrados à edificação e das linhas de palmeiras imperiais é visível no desenho do projeto. Além disso, o local seria cercado por uma densa vegetação que poderia amenizar o clima quente da cidade e promover bem-estar, e também contaria com esculturas e painéis na área aberta. Entretanto, por falta de financiamento, as obras foram embargadas após a construção de um bloco com 48 apartamentos. Atualmente, o local abriga o Parque Recanto do Trovador.
