Rio de Janeiro (RJ), 1991 – 1992
Escritório Burle Marx
Paisagista: Roberto Burle Marx
Arquiteto associado: Haruyoshi Ono
Paisagistas colaboradores: Leonardo de Almeida e Vera Lúcia Gavinho de Paula Freitas
O primeiro projeto paisagístico do Parque da Maré, no Rio de Janeiro, foi feito pelo Escritório Burle Marx em 1991. Foi implantado parcialmente, executado pela equipe do Escritório, arquitetos e jardineiros, com o apoio do poder público e a participação de representantes das comunidades que formavam o complexo de favelas da Maré. Sem a devida conservação, o parque se desconfigurou e, em 1996, o Escritório foi contratado para uma reestruturação e comissionado para o desenvolvimento de áreas em menor escala, com locais de estar e convívio social dentro do complexo da Maré. O parque foi transformado em uma vila olímpica, num período em que a cidade do Rio de Janeiro implementou um modelo de desenvolvimento social por meio do esporte. A reestruturação foi executada parcialmente.
O projeto consistia em um complexo esportivo, com piscinas olímpicas e trampolins para saltos ornamentais, campo de futebol, arquibancadas e vestiários, quadras polivalentes e pistas de atletismo, além de atendimento médico. Havia também playgrounds, praças de convivência e de alimentação. Cada ambiente foi entremeado por uma vegetação arbórea, plantada em grupos da mesma espécie. Foi proposto o plantio de palmeiras em renques ou em grupos, de forma a salientar as características físicas de cada espécie, e a topografia foi planejada de modo a criar terrenos modelados, formando pequenas ondulações. Para amenizar o calor do sol enquanto as árvores não estavam desenvolvidas, todas as áreas de estar tinham pérgulas com plantas trepadeiras.
Apesar de ter sido tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade em 2009, o parque atualmente está descaracterizado pela falta de conservação e manutenção, tomado por outras construções e escondido por painéis antirruído que ocultam também as comunidades de seu entorno.
