Praça Euclides da Cunha

Cactário Madalena, Praça do Internacional 
Recife (PE), 1935

Paisagista: Roberto Burle Marx

Nomeada em homenagem ao autor do livro Os sertões, a Praça Euclides da Cunha, no bairro de Madalena, em Recife, também é chamada de Cactário Madalena, enfatizando uma das características do projeto paisagístico de Burle Marx: as espécies típicas do bioma da Caatinga, coletadas em excursões pelo sertão. Anteriormente conhecida como Largo do Viveiro, a praça abriga ao centro um jardim de cactáceas e uma escultura de vaqueiro, em referência à cultura da região.

Ocupando o cargo de diretor de Parques e Recreação da prefeitura de Recife, foi nesse projeto que Burle Marx criou seu primeiro jardim ecológico, e hoje ele se apresenta como a obra daquele período em melhor estado de conservação. Trata-se de um projeto paisagístico implicado com as funções sociais e físicas de uma praça como local para o convívio, com o estar e a contemplação, e que utiliza a vegetação capaz de projetar sombras para proteger as pessoas do sol, em harmonia com as cactáceas. Burle Marx usa plantas nativas num período em que elas eram pouco ou nada utilizadas em ambientes públicos da cidade; e ao comentar sobre o jardim da Praça Euclides da Cunha, em artigo publicado no jornal Diário da Tarde, manifesta a necessidade de “semear, nos nossos parques e jardins, a alma brasileira”.




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