Entre 1940 e 1960, a visão moderna de país criou projetos urbanos, paisagísticos e arquitetônicos, de integração social e nacional, em cidades como Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). A arquitetura moderna se imaginava acessível ao apontar seu olhar para diferentes classes sociais. Interessada na relação entre forma e função, trouxe contribuições estéticas ao cotidiano das pessoas por meio de traçados geométricos. Nesse período, foram criados projetos para a habitação popular, como o Conjunto Residencial Mendes de Moraes – também conhecido como Pedregulho –, no Rio de Janeiro, e edificações com a finalidade de abrigar a arte moderna, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), ambos desenhados pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, com paisagismo de Burle Marx e seus colaboradores.
O projeto modernista, com sua ideia de progresso, investiu em novas relações espaciais que afetaram tanto as escalas dos projetos arquitetônicos quanto a maneira de pensar a cidade. Edifícios com pilotis e paredes de vidro, além de estruturas que favorecem a passagem do ar e aproveitam a luz natural, garantem conexões entre interior e exterior, entre a arquitetura e a paisagem circundante, a exemplo do prédio do Ministério da Educação e Saúde Pública – o Palácio Gustavo Capanema –, localizado no Rio de Janeiro e desenhado por Lúcio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Ernâni Vasconcellos, Jorge Machado Moreira e Affonso Reidy, com consultoria de Le Corbusier.
