Adriana Varejão

Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1964

Duas obras de Adriana Varejão foram remontadas para Composições para tempos insurgentes: Ruína Brasilis e Partida. A primeira compõe a série Charques, que reúne obras em sua maioria tridimensionais, relacionando arquitetura e corpo, em mediação pela poética da ruína. Charques são carnes salgadas e desidratadas, popularmente conhecidas como carne-seca. Em Ruína Brasilis, a coluna ferida revela seu interior de carne-seca feita em madeira, acompanhada dos azulejos portugueses em amarelo, azul, branco e verde, cores da bandeira brasileira. 

Já a obra Partida apresenta uma longa tela que sugere o desenrolar em camadas de curvim, durepoxi, espuma e óleo. Nela, há a alusão a fragmentos ensanguentados de um corpo sobre uma superfície com a aparência de azulejos brancos. Assim como a primeira obra, é evidente o interesse de Varejão em investigar a relação entre carne e o espaço arquitetônico.  

Adriana Varejão iniciou sua produção artística no final da década de 1980, sendo a pintura uma das principais linguagens utilizadas em seus trabalhos. Entre os títulos recebidos pela artista, estão o Prêmio Mario Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) em 2013; Grande Prêmio da Crítica, na categoria Artes Visuais, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), pela exposição Histórias às margens, em 2012; Ordem do Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura do Brasil, em 2011; e Medalha de Chevalier des Arts et Lettres do governo francês, em 2008.

Textos escritos pelas equipes de educação e curadoria.

Ruína Brasilis (2021) 
óleo sobre tela, poliuretano e alumínio
Coleção da artista

Partida (1996) 
óleo, resina epóxi, couro sintético e espuma sobre tela 
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio



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