Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1972
Em Composições para tempos insurgentes, Negalê Jones expõe a obra comissionada As 100 batalhas de São Jorge. O artista explica que “a instalação conta a história de uma espada antiga, relembrando seu tempo nos campos de batalha, sem saber que estava sendo empunhada por alguém que viria a ser santo. Fala sobre superações cotidianas e a travessia de momentos adversos. É um ambiente onde o aroma desperta memórias, o som desloca o momento e as paredes vivas recarregam a energia humana para o porvir”.
Negalê Jones vive e trabalha no Rio de Janeiro. Artista sonoro e educador em pesquisa perene sobre ritmos naturais e as relações entre bioeletricidade e etnobotânica. Apresentando fenômenos inaudíveis, constrói objetos eletrônicos que amplificam o contato entre as mãos e as flores, circuitos que revelam a energia peculiar de plantas vivas e instalações nas quais ondas sonoras conduzem o aroma de ervas terapêuticas. Tem como influência os métodos de cura dos povos originários e a particularidade sagrada das plantas de acordo com a mitologia afrodiaspórica.
Texto enviado pelo artista
As 100 Batalhas de São Jorge (2021)
série Ambientes Significativos
madeira, espada de São Jorge, alecrim seco e circuito elétrico
Produção de arte: Caio Costa