Rio de Janeiro, RJ, 1943
Regina Vater participa de Composições para tempos insurgentes com a remontagem de duas obras: Para um tempo de guerra (1987) e Janaína (2007). A primeira, composta por cerca de 300 pães e pedras dispostas em espiral no chão, é acompanhada de um poema de César Vallejo. Neste trabalho, o que resta dos escombros e o que encerra a fome são colocados em paralelo, aproximando-se.
Janaína é uma instalação composta por pedras brancas, conchas e uma bacia de metal, organizadas em um círculo sobre uma superfície acima do chão. O título do trabalho remete a um dos diversos nomes usados na cultura afro-brasileira para referenciar Iemanjá. Os materiais que fazem parte da instalação, com origem do mar, também reforçam essa referência ao orixá ligado aos mares.
Artista multimídia, curadora e escritora, Regina Vater ingressou na faculdade de arquitetura da UFRJ em 1961, além de estudar com artistas como Frank Schaeffer e Iberê Camargo. Sua extensa produção, de natureza transmidiática e polissêmica, transita entre as novas figurações dos anos 1960, a arte conceitual e as experiências relacionais, construindo uma poética singular nas conexões entre arte e cultura, natureza e técnica.
Textos escritos pelas equipes de educação e curadoria.
Janaina (2017)
pedras, conchas, vidros e bacia de alumínio
Cortesia da artista
Para um tempo de guerra (1987)
pães e pedras
Cortesia da artista
Produção de arte: Caio Costa