Itinerância Lugar de estar: o legado Burle Marx

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26 NOV 2025 – 5 ABR 2026
curadoria de Isabela Ono, Pablo Lafuente e Beatriz Lemos
adaptação e curadoria de Nuria Enguita e Marta Mestre

O Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, apresenta a exposição Lugar de estar: o legado Burle Marx, com curadoria de Isabela Ono, Pablo Lafuente e Beatriz Lemos, e adaptação e curadoria local de Nuria Enguita e Marta Mestre. A mostra é uma itinerância da exposição apresentada no MAM Rio entre janeiro e maio de 2024 e toma como ponto de partida vinte e dois projetos paisagísticos para áreas públicas, desenvolvidos ao longo de sete décadas por Roberto Burle Marx (1909–1994) e seus colaboradores, propondo um percurso sobre a influência do artista na formação da paisagem moderna brasileira e na reflexão sobre o meio ambiente.

Considerado um dos mais inovadores paisagistas do século 20, Burle Marx associou arte, botânica e urbanismo numa linguagem singular, marcada por formas orgânicas e composições cromáticas inspiradas na flora nacional. Seus projetos – presentes em cidades como Rio de Janeiro e Brasília – transformaram o espaço público em lugar de convivência e experimentação estética. Ao mesmo tempo, sua atuação como pesquisador e ativista o tornou uma figura fundamental na defesa dos biomas brasileiros, especialmente da Mata Atlântica, da Amazónia e do Cerrado.

A exposição reúne estudos de composição, croquis, desenhos, fotografias e materiais de imprensa, organizados em cinco eixos: “Construir cidade e espaço público”, “Compromisso estético e ético”, “Projeto moderno”, “Ativismo ambiental” e “Património botânico”. Esses núcleos evidenciam as múltiplas dimensões do trabalho de Burle Marx – do gesto artístico ao engajamento político — e estabelecem diálogos com seis artistas contemporâneos que vivem e trabalham em Portugal: Fernanda Fragateiro, Filipe Feijão, Mónica de Miranda, Juan Araujo, Lourdes Castro e João dos Santos Martins.

Através de linguagens como a pintura, a escultura, a instalação e a performance, os artistas convidados propõem leituras inéditas do legado de Burle Marx. Juan Araujo revisita criticamente a arquitetura moderna; Fernanda Fragateiro sublinha o direito à fruição estética dos jardins públicos; Filipe Feijão reflete sobre construção e ruína; Mónica de Miranda dá visibilidade a jardins “invisíveis” da periferia lisboeta; Lourdes Castro dialoga com o patrimônio botânico da ilha da Madeira; e João dos Santos Martins aproxima a coreografia do espaço-jardim.

Com desenho expositivo de Diogo Passarinho Studio + RAR.STUDIO, a mostra propõe uma experiência imersiva, que amplia as relações entre paisagem, arte e ética ambiental.

PROGRAMAÇÃO

TER 26 NOV

18h . Conversa prévia, com Isabela Ono (Instituto Burle Marx), Pablo Lafuente (MAM Rio), Nuria Enguita e Marta Mestre (MAC/CCB) e artistas convidados.
Auditório do Museu | Sujeito ao número de lugares disponíveis.

19h . Inauguração | Entrada livre.

SÁB 29 NOV

15h . Jardins: Lugares de Olhar, passeio-conversa com Ivo Meco, professor e sócio fundador da Sociedade Portuguesa de Botânica
Mediante inscrição prévia e aquisição do bilhete de entrada no Museu.

SÁB 6 DEZ

16h . Visita à exposição, com as curadoras e artistas convidados
Inscrição prévia através de formulário ou e-mail [email protected] e aquisição do bilhete de entrada no Museu.

FUNCIONAMENTO

TER – DOM . 10h – 18h30
Centro Cultural de Belém – Museu de Arte Contemporânea (MAC/CCB)
Praça do Império, 1449-003 Lisboa, Portugal



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