Educação
O Bloco Escola, a primeira parte da sede definitiva do MAM Rio, inaugura em 1958, ano em que acolhe o Seminário de Estudos da Unesco sobre a função educativa dos museus. Essa escolha responde à aposta, presente desde sua fundação, em uma instituição com função eminentemente pedagógica: se o museu queria contribuir com a construção de um novo país, não poderia ser um repositório de arte, deveria ser uma escola.
Os modos de entender essa função mudaram ao longo do tempo. A tentativa inicial de fundar uma Escola Técnica de Criação segue um modelo integrador em uma perspectiva racionalista, e pretende eliminar a separação entre arte e vida. Apesar de a Escola não ser efetivada, influenciou uma série de cursos que ofereciam formações técnicas e interdisciplinares.
Com a mudança nas práticas artísticas e a implantação do regime militar nos anos 1960, a técnica dá lugar à experimentação; a formação individual se torna ação coletiva, e os espaços do Bloco Escola são em parte substituídos pela área externa do museu, adotando a cidade como lugar de liberdade e criação.
A constante, ao longo desses momentos e de programas subsequentes, é a participação dos artistas como educadores, apresentando a prática de criação como inseparável da prática educativa.