Verbete – Cícero Dias e os traumas sociais

A produção artística de Cícero Dias está ligada a diversos movimentos de vanguarda, como o surrealismo, o cubismo e o abstracionismo. De Escada, Pernambuco, Cícero iniciou seus estudos no Rio de Janeiro na década de 1920 e, em 1926, se relacionou com os intelectuais do movimento regionalista de Recife que respondiam à Semana de Arte Moderna paulista de 1922. O artista passou boa parte desse período se dedicando à técnica da aquarela, concentrando-se em assuntos relacionados ao universo onírico, no que diz respeito à própria infância e às paisagens pernambucanas.

As cores que o artista utiliza em seus trabalhos são vibrantes e com muitas variações de tons. As figuras representadas flutuam em paisagens arquetípicas, como o lago, a praia e o rio. Em Pátria, sangue e nada mais (1928), uma figura humana flutua entre um cortejo fúnebre cristão, acompanhada de outros elementos, como partes de corpos, a imagem de um punhal, uma moradia e do próprio título do trabalho. Uma chave de leitura possível para o trabalho está relacionada aos lugares do inconsciente coletivo e dos traumas sociais.





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