Verbete – Heitor dos Prazeres e a cultura negra

Heitor dos Prazeres foi compositor, pintor e cantor. Autor de inúmeros sambas, participou da fundação de escolas de samba como Mangueira e Portela. Nas artes visuais, usava como referências as memórias de sua vida e as cenas do cotidiano do subúrbio carioca. Na zona portuária do Rio de Janeiro, que ficou conhecida como “Pequena África”, entrou em profundo contato com a cultura negra da cidade, o que resultou em uma profusão de elementos simbólicos da negritude em suas obras.

O artista iniciou sua produção em 1937 e foi premiado na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, com o quadro Moenda. Porém, sua produção foi recorrentemente classificada como arte popular, uma vez que não possuía formação acadêmica em artes visuais. Autodidata, empregou as cores vibrantes presentes no carnaval e a riqueza de detalhes nas representações de festas populares – tais características, quando combinadas às referências musicais, ofereciam ritmo visual a seus trabalhos. Heitor dos Prazeres, assim como muitos artistas racializados da época, não participou do movimento modernista.





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