Verbete – Marcas de Orfeu no tempo e o incêndio de 1978

Importante nome da cenografia moderna, Tomás Santa Rosa também atuou como figurinista, crítico, ilustrador e artista visual. Em sua trajetória, destaca-se a fundação da companhia de teatro Os Comediantes e da atuação no Teatro Experimental do Negro. Assinou a cenografia de peças como Vestido de noiva, em 1943, escrita por Nelson Rodrigues, e de diversas óperas e espetáculos teatrais. Santa Rosa também participou da montagem da peça teatral Orfeu, de Jean Cocteau.

A obra Orfeu apresenta traços que sugerem um corpo erguido segurando uma lira, instrumento musical semelhante a uma harpa de pequeno porte. Dentro da mitologia grega, Orfeu, filho de Calíope, é o músico e poeta que desce ao reino dos mortos acompanhado dessa poderosa lira. 

O desenho foi doado pelo artista para a Coleção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde foi professor de Desenho Estrutural e Composição, além de atuar como responsável pela área de teatro do museu a partir de 1949. Esta obra sofreu danos em 1978, em decorrência do incêndio que destruiu parte significativa do acervo da instituição. Sua restauração foi realizada em 2001, deixando poucas marcas ainda visíveis.





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