Verbete – Modernismo e gravura

Oswaldo Goeldi nasceu no Rio de Janeiro e passou a primeira infância em Belém do Pará. Em seguida, foi morar na Suíça, onde permaneceu até os 24 anos. De volta à sua cidade natal em 1919, Goeldi começou a trabalhar como ilustrador e passou a frequentar a cena artística carioca. É no Rio de Janeiro que conheceu a xilogravura, técnica com a qual desenvolveu parte muito relevante de sua obra. Foi professor na Escola Nacional de Belas Artes, na qual criou a oficina de gravura, tornando-se mestre de nomes importantes da gravura brasileira, como Adir Botelho e Gilvan Samico. Ainda que um entusiasta da xilogravura, Goeldi via na técnica diversas limitações a suas intenções expressivas. Passou então a experimentar técnicas como o desenho em grafite e guache sobre as matrizes de madeira. 

Historicamente, no Brasil, há uma associação entre a gravura e a arte popular. A reprodutibilidade das obras, ou seja, o não comprometimento com a criação de uma peça única, servia de argumento para deslegitimar a técnica dentro do circuito das artes. O trabalho de Goeldi é fundamental para pensarmos a gravura dentro da história da arte brasileira, em termos de valorização da linguagem.





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