Terra em tempos: fotografias do Brasil

Criando comunidades

“Para trazer a ética amorosa para todas as dimensões de nossa vida, nossa sociedade precisaria abraçar a mudança” e seguir atenta ao poder emancipatório do amor. Essas palavras da teórica e educadora bell hooks atribuem uma função política ao sentimento, enquanto suscitam reflexões sobre as formas como o afeto e a ética amorosa se manifestam em diferentes esferas, desde sua presença ou sua ausência. 

A construção de redes afetivas, em que são prioridades o cuidado entre pares e a construção de comunidades, leva à criação de entidades familiares e coletivos plurais. Na contemporaneidade, as maneiras como nos relacionamos subjetiva e coletivamente, assim como as constituições possíveis de família, são temas presentes nos debates da esfera pública. 

Essas discussões podem caminhar conjuntamente com lutas e conquistas históricas, associadas, por exemplo, ao recente direito à união civil e à adoção por casais homoafetivos. Estão relacionadas também a discussões sobre o acesso a espaços seguros e o direito à moradia. Nesse sentido, o que aconteceria se optarmos por não desvincular as construções afetivas dos lugares que habitamos e do contexto histórico e cultural?



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