Dossiê Godard BR: como o Brasil digeriu o cinema de Jean-Luc Godard

As pastas de documentação da Cinemateca do MAM guardam itens preciosos, de cartazetes a críticas, de anúncios de jornal a artigos mais extensos, material promocional, entrevistas etc. Com as pastas dos filmes de Jean-Luc Godard, não é diferente. Para este dossiê arquivístico, decidimos fazer um recorte que mostrasse a recepção da obra de Godard no Brasil, de como aos poucos vai sendo criada uma compreensão sobre a sua obra, como as ousadias e invenções vão (ou não) sendo digeridas, como se estabelece a rivalidade entre modernidade e classicismo que dividiria por décadas seus exegetas. No mais, é uma oportunidade também de reapresentar o melhor do panorama crítico dos anos 60 (e um pouco depois), recuperando artigos de críticos marcantes, e trazendo à luz textos pouco ou nada conhecidos e referenciados hoje. A polêmica de Godard sai de seus filmes e deságua nas dúvidas e reações de críticos e espectadores. Melhor assim, porque sempre foi um cineasta a quem importavam mais as questões – um eterno recomeçar das investigações sobre a arte, a imagem, o mundo – do que as respostas.

Crítica de Acossado (À bout de souffle, 1960), por Antonio Moniz Vianna (Correio da Manhã, 4 de maio de 1961)

Crítica de Viver a Vida (Vivre sa vie, 1962), por Paulo Perdigão (Diário de Notícias, 28 de agosto de 1964)

Viver a Vida (I), por Rogério Sganzerla (O Estado de São Paulo, 5 de dezembro de 1964)

Viver a Vida (II), por Rogério Sganzerla (O Estado de São Paulo, 12 de dezembro de 1964)

Jean-Luc Godard – Filmografia, por Antonio Moniz Vianna (Correio da Manhã, 20 de novembro de 1966)

Godard & Guerra (sobre Tempo de Guerra [Les Carabiniers, 1963]), por José Lino Grünewald (Correio da Manhã, 5 de outubro de 1967)

2 ou 3 Coisas Sobre Godard, por José Carlos Avellar (Jornal do Brasil, 27 de junho de 1967)

Godard, por Ruy Castro (Correio da Manhã, 8 de maio de 1968)

Filme em Questão: 2 ou 3 Coisas Que Eu Sei Dela, por XXX (Jornal do Brasil, 26 de outubro de 1968)

Crítica de Week-end à Francesa (Week-end, 1967), por José Lino Grünewald (Correio da Manhã, 22 de março de 1970)

Cinema é imagem/som na tela – ou o cinema é o cinema, por Geraldo Veloso (O Estado de Minas, 27 de setembro de 1976)

Imagens da mulher nos filmes de Godard (I), por Lucia May (O Estado de Minas, 21 de agosto de 1979)