Rochelle Costi

Com fotografia, vídeo e instalação como suportes, Rochelle Costi (1961) tem como ponto de partida para muitos trabalhos a observação de objetos cotidianos, espaços domésticos ou populares. Na XXIV Bienal de São Paulo, por exemplo, ela exibiu a série Quartos – São Paulo (1998), que traz registros de diferentes cômodos que Rochelle define como “instalações espontâneas”.

Outros projetos que têm a informalidade e o popular como fio condutor são: Pratos Típicos (1997), uma série de retratos de refeições; Reforma (2008), registros de construções improvisadas; e Escolha
(2005) e Contabilidade (2006), que apresentam imagens diferentes locais de vendas de produtos, com excesso numérico e cromático. Muitas dessas séries fazem referências à prática do colecionismo.

Sem título, 1984. fotografia e colagem, 14,8 x 10 cm. Coleção Joaquim Paiva MAM Rio.

Sem título, 1984. fotografia e colagem, 14,8 x 10 cm. Coleção Joaquim Paiva MAM Rio.

Onze obras da artista fazem parte do acervo do MAM Rio: oito na Coleção Joaquim Paiva, duas na Coleção Gilberto Chateaubriand, ambas em comodato de longa duração, e uma na Coleção MAM Rio. Fotografias da série Não esqueça o mapa, de 1984, integram a Coleção Joaquim Paiva. “Esse trabalho fez parte de uma exposição itinerante chamada ‘Vivendo Retrato’, que foi exibida em Belo Horizonte (Galeria Itaú), Porto Alegre (Centro Municipal de Cultura), Rio de Janeiro (Museu da Imagem e do Som), São Paulo (Funarte) e Curitiba (Solar do Barão). As imagens trazem cenas urbanas de lugares que estavam sendo demolidos ou prestes a desaparecer. Foi uma das primeiras séries que fiz e também foi o primeiro trabalho que vendi na minha carreira, para o Joaquim Paiva”, conta a artista.

Rochelli Costi formou-se em comunicação social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 1981. No ano seguinte, frequentou ateliês de arte na Escola Guignard (Belo Horizonte) e um curso de extensão sobre processos fotográficos do século XIX na Universidade Federal de Minas Gerais. Entre 1991 e 1992, viveu em Londres, onde estudou na Saint Martin School of Art e na Camera Work. Atualmente a artista vive e trabalha em São Paulo.

Sem título, 1984. fotografia e colagem, 10 x 14,8 cm. Coleção Joaquim Paiva MAM Rio.

Sem título, 1984. fotografia e colagem, 10 x 14,8 cm. Coleção Joaquim Paiva MAM Rio.

Rochelle Costi participou das 6ª e 7ª Bienais de Havana (1997 e 1999), expôs na 11th International Architecture Exhibition (Veneza), I Bienal del Fin del Mundo (Ushuaia), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Neuer Berliner Kunstverein (Berlim), no Centre de la Vieille Charité (Marselha), no Walker Art Center (Minneapolis), no El Museu del Barrio (Nova York), no Centro de Arte Reina Sofia (Madri), Bienal de Cuenca no Equador, e na Fundación La Caixa (Barcelona). 

Em 1998, recebeu o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte, e  três anos depois, a Bolsa de Artes da Fundação Vitae. Em 2017, foi contemplada com o Prêmio CNI SESI SENAI Marcantônio Vilaça.

Para conhecer mais sobre a obra da artista, acesse: rochellecosti.com.



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