Roberto Pontual

Recife PE, 1939 – Paris, França, 1994

Foi jornalista, poeta e um dos críticos mais proeminentes e ativos do mundo da arte carioca nos anos 1970. Na década de 1960, foi diretor da Divisão de Educação Extraescolar do Ministério da Educação e Cultura. Entre 1973–1976, foi diretor do Setor de Cursos e do Departamento de Exposições do MAM Rio. De 1974 a 1980, escreveu a coluna de artes plásticas do Jornal do Brasil (RJ). Curador da delegação brasileira na Bienal de Veneza (1980), das exposições “Portraits of a country: Brazilian modern art from the Gilberto Chateaubriand collection” (Londres, 1984) e “Corpo e alma. Fotografia contemporânea no Brasil”, no “Mois de la photo” (Paris, 1984), do qual foi diretor do Setor Latino-Americano (1986). Publicou os livros Dicionário de Artes Plásticas no Brasil (1969), Scliar: o real em reflexo e transfiguração (1970), Arte Brasil/hoje: 50 anos depois (1973), Arte brasileira contemporânea. Coleção Gilberto Chateaubriand (1976), Explode geração! (Avenir, 1984), dentre outros.

As obras Tarde/Arde (1960/1991) e Ver/Branco/Ter (1960/1991) se inserem no contexto da poesia concreta, estilo surgido nos anos 1950 no Brasil como uma nova estrutura, uma nova condição de realidade visual, rítmica, sonora. Na poesia concreta, a palavra aparece como um objeto autônomo, que trabalha de forma integrada o som, a visualidade e o sentido, propondo novos modos de fazer poesia. Dessa forma, torna-se mais próxima da música e das artes visuais do que da literatura. A relação com a música, se não é necessariamente direta em ambos os trabalhos aqui expostos, ao menos se faz presente no formato das telas que mais parecem teclas de piano.



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