Ambroise Ngaimoko

O fotógrafo Ambroise Ngaimoko nasceu em Angola em 1949. Aos 12 anos, fugiu do país durante a Guerra da Independência, em 1961, e se refugiou com sua mãe e irmãs em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Único homem da família, trabalhou como mecânico e projecionista de cinema ao ar livre antes de se tornar assistente de seu tio Marques Ndodão. O tio, dono de dois estúdios de fotografia, presenteou o sobrinho com uma câmera Yashica 6×6 em 1968.

Sem título (1977), 48 x 44,5 cm, impressão em gelatina e prata, Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Sem título (1978), 49 x 44 cm, impressão em gelatina e prata, Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Em 1973, Ngaimoko inaugurou seu próprio estúdio no bairro de Kitambo, com o nome de Studio 3Z, onde trabalhou até 1999. Um dos atrativos do negócio eram as roupas e acessórios de última moda que eram emprestadas para a realização de retratos de jovens. O Studio 3Z, assim chamado para representar os três Zaires (o país, a moeda e o rio), nome do país àquela época, adotou em 1997 o nome de Studio 3C, para representar os três Congos, quando o país retomou seu nome anterior de República Democrática do Congo. O artista ainda vive em Kinshasa. 

Ele conta essa história nesse vídeo produzido pela Fondation Cartier pour l’Art Contemporain: 

Em 2012, fotografias do artista foram expostas na 30ª Bienal de São Paulo, que teve como título “A Iminência das Poéticas”. Além de integrar o acervo do MAM Rio, obras suas fazem parte do acervo da Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (Paris) e MoMA, Museum of Modern Art (Nova York).

Sem título (1978), 49 x 44 cm, impressão em gelatina e prata, Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Sem título, 54,8 x 38,5 cm, impressão em gelatina e prata, Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio.

Outras referências: 

Conheça a obra de J.D. ‘Okhai Ojeikere, Jean Depara, Malick Sidibé e Seydou Keita.



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