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Seydou Keïta nasceu no Mali, em 1921. Filho mais velho de um fabricante de móveis, ele começou a fotografar quando ganhou uma Kodak Brownie, uma das primeiras câmeras portáteis do mundo, comprada no Senegal, em 1935. Suas primeiras imagens foram de seus familiares e vizinhos. Com Pierre Garnier, proprietário de uma loja de suprimentos fotográficos, aprendeu técnicas de fotografia, e com seu mentor, Mountaga Traoré, a revelar filmes.
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“Sem título”, 1952, 55 x 40,5 cm, impressão em gelatina e prata.
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“Sem título”, 1959, 54,5 x 40,5 cm, impressão em gelatina e prata.
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Sem título”, 1957, 58,5 x 40,6 cm, impressão em gelatina e prata.
Em 1948, Keïta abandonou a tradição familiar da carpintaria e montou seu primeiro estúdio na região central da capital do Mali, Bamako. Logo, tornou-se um fotógrafo bastante concorrido e o carimbo “Photo KEITA” virou símbolo de status.
Nos retratos, uma mistura de símbolos culturais, como as diferentes padronagens de tecidos das roupas, com influências do estilo ocidental, como ternos, gravatas e rádios. No início da década de 1960, quando o Mali tornou-se independente, o fotógrafo fechou seu estúdio e passou a trabalhar exclusivamente para o novo governo.
O trabalho de Keïta, reconhecido nacionalmente, tornou-se mundialmente conhecido quando suas fotografias começaram a ser colecionadas na Europa e nos Estados Unidos. Seydou Keïta morreu em 2001, em Paris.
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“Sem título”, 1959, 54,5 x 40,5 cm, impressão em gelatina e prata.
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“Sem título”, data desconhecida, 56,5 x 38,8 cm.
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“Sem título”, 1958, 54,5 x 40,5 cm, impressão em gelatina e prata.
Em 2011, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou a coletiva “Celebrações/Negociações – Fotógrafos Africanos na Coleção Gilberto Chateaubriand” com obras de Seydou Keita, Ambroise Ngaimoko, J.D. Okhai Ojeikere, Jean Depara e Malick Sidibé. E em 2018, o Instituto Moreira Salles (IMS) fez uma exposição com 130 obras do artista.
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Conheça a obra de Ambroise Ngaimoko, J.D. ‘Okhai Ojeikere, Jean Depara e Malick Sidibé.