Residência reúne pesquisadores de regiões periféricas e interior do Rio

Para abrir o MAM Rio para novos públicos e narrativas, aconteceu entre fevereiro e abril de 2021 a residência Territórios curatoriais. O projeto reuniu seis pessoas das áreas de pesquisa e curadoria, residentes em regiões periféricas e cidades do interior do Rio de Janeiro, com a coordenação de Thiago de Paula Souza e Alexandre Silva. 

“É significativo perceber que, de fato, a curadoria é um ambiente que tem sido expandido para outras perspectivas, para outros sujeitos e outros olhares”, avalia Alexandre Silva. Foram quase 70 inscritos na convocatória, o que o coordenador do projeto considera simbólico: “muitas pessoas acreditam na ausência de curadores periféricos”.

O grupo selecionado teve predominância negra, é diverso do ponto de vista de gênero, origem geográfica e temática das pesquisas. “Queríamos abarcar o máximo possível de perspectivas diferentes sobre a atuação curatorial, tanto entre residentes quanto com as pessoas convidadas”, diz o coordenador. Participaram da residência: Andreza Jorge, Dyó Potyguara, Gustavo Barreto, Jean Carlos Azous, Nathalie Peixoto e Thayná Trindade. 

Os encontros online contaram com as falas de Gleyce Kelly Heitor, representando a Educação e Participação do MAM Rio; da curadora assistente do Masp, Amanda Carneiro, e da curadora, pesquisadora e crítica de arte Clarissa Diniz. O time de residentes também estudou o projeto que Keyna Eleison e Pablo Lafuente inscreveram para a direção artística do MAM Rio, trazendo novas perspectivas de curadoria e gestão de espaços culturais.

A consolidação da residência foi o seminário online aberto ao público, quando o grupo apresentou as pesquisas desenvolvidas ao longo da residência, acompanhadas pelos coordenadores. “O museu está mais aberto a novas proposições fora do ambiente institucional e tem discutido sobre como incorporar essas reflexões no programa da gestão atual”, aponta Alexandre Silva.



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