RELEVOS ESPACIAIS, 1959-1960 NÚCLEOS, 1960-1966

NC1 Pequeno núcleo n. 1 (1960), de Hélio Oiticica, acrílica sobre madeira, 1,21 m², Coleção César e Cláudio Oiticica. Foto Edouard Fraipont

No início dos anos 1960, Hélio Oiticica abandona a representação bidimensional de formas geométricas e passa a atuar no espaço, criando objetos tridimensionais. Os Relevos espaciais produzidos nessa época podem ser compreendidos como uma tridimensionalização dos elementos geométricos presentes nos Metaesquemas. Compostos por chapas de madeira sobrepostas, pintadas de amarelo e vermelho, a estrutura resultante é complexa, com relevos e reentrâncias tanto em suas laterais quanto em suas faces. Flutuam no espaço, pendurados pelo topo, e podem ser vistos de diferentes ângulos, o que sublinha o aspecto corporal tanto do objeto quanto de sua cor, uma preocupação fundamental de Oiticica no início dos anos 1960.

Os Núcleos, por sua vez, ampliam a noção de “corpo da cor” ao criarem ambientes cromáticos elaborados com formas geométricas compostas por chapas de madeira pintadas em tons variados da mesma cor. Novamente o trabalho retoma os Metaesquemas, agora reformulados como em uma explosão de formas geométricas. Os Núcleos já anunciavam uma possibilidade de interação entre obra e público: alguns deles foram pensados para que os visitantes pudessem caminhar entre os planos geométricos.

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Metaesquemas, 1956-1958
Bólides, 1963-1979
Parangolés, 1964-1979
Cosmococa, 1973-1974
Penetráveis, 1961-1980

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