Frans Krajcberg

Kozienice, Polônia, 1921 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2017

No ano do centenário de Frans Krajcberg, o MAM Rio presta uma homenagem ao artista. A exposição Composições para tempos insurgentes apresenta um breve panorama da sua produção artística por meio de gravuras, pinturas e esculturas. Desde a década de 1950, pode-se perceber a atenção que o artista coloca sobre a natureza, valendo-se dela como elemento para a produção e conceituação das obras. Essa relação estreita entre a prática artística e a ecologia fica mais intensa a partir da década de 1970, na qual Krajcberg começa a investigar os materiais oriundos de queimadas e desmatamentos. As esculturas são objetos estéticos e também de denúncia dos processos extrativistas que atravessam a história do Brasil. 

Frans Krajcberg foi escultor, pintor, gravador e fotógrafo. Possui formação em engenharia e artes pela Universidade de Leningrado. Inicia sua carreira artística no Brasil em 1948, após perder a família em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Reside em diversas regiões do país, como no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Bahia. A partir de 1978, atua como ecologista, integrando uma luta que assume caráter de denúncia em seus trabalhos. Krajcberg viajava constantemente para Amazônia e Mato Grosso, e registrava, por meio da fotografia, desmatamentos e queimadas em imagens dramáticas. Dessas viagens, retornava com troncos e raízes calcinados, que utilizava em esculturas. A paisagem brasileira, em especial a floresta amazônica, e a defesa do meio ambiente marcam toda sua obra.


Bailarinas (c. 1980)
madeira de queimada e pigmentos naturais
Coleção Paulo Kuczynski Escritório de Arte

Sem título (sem data)
madeira de queimada e pigmentos naturais
Coleção Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte

Emanação azul (1959) 
guache e relevo sobre papel 
Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
Doação do artista

[Floração] (1968) 
goma laca com pigmento natural e relevo sobre madeira 
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio

Sem título (1955)
óleo sobre tela
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio

Sem título (1963)
guache sobre gravura em relevo colado em tela
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio

Sem título (1960)
guache sobre papel em relevo colado em tela
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio

Sem título (1981) 
gravura em relevo 
Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
Doação Souza Cruz

Sem título (1964) 
gravura em relevo colada em papel
Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
Doação Esther Chamma de Carlos

Sem título (sem data)
gravura
Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio



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