Tomie Ohtake

Kyoto, Japão, 1913 – São Paulo, SP, Brasil, 2015

Tomie Ohtake participa de Composições para tempos insurgentes com a obra Sem título, que faz parte do acervo da Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Trata-se de uma pintura em acrílica. A abstração característica da pesquisa da artista é centrada no gestual e na expressividade. As formas desdobram-se e lembram fumaça e vapor em um espaço infinito, sem precisão. Também é ponto central na trajetória de Tomie Ohtake a reflexão sobre a finitude da vida. A obra, localizada ao fim do 3º andar do museu, conclui o trajeto expositivo e marca o encerramento de um ciclo, expandindo questões sobre cosmopercepções de mundo.  

A artista, que chegou ao Brasil em 1936, começou a estudar pintura com Keisuke Sugano em 1952. No ano seguinte, passou a integrar o Grupo Seibi, do qual participam Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, Flavio-Shiró, entre outros. Após um breve período de arte figurativa, passou a se definir pelo abstracionismo. A partir dos anos 1970, trabalhou com serigrafia, litogravura e gravura em metal. Surgem em suas obras as formas orgânicas e sugestões de paisagens. Na década de 1980, passou a utilizar uma gama cromática mais intensa e contrastante. Dedicou-se também à escultura, e realizou algumas delas para espaços públicos. Recebeu, em Brasília, o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura – Minc, em 1995. Em sua extensa trajetória, participou de 20 Bienais Internacionais e contabiliza, em seu currículo, mais de 120 exposições individuais e quase quatro centenas de coletivas, entre Brasil e exterior, além de 28 prêmios.  

Textos escritos pelas equipes de educação e curadoria.

Sem título (1991)
acrílica sobre tela
Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 
Doação da artista




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