Fractais – contra diásporas da cidade

SÁB 23 SET

Como resultado da residência Território CuratoriaisFractais – contra diásporas da cidade é um evento com curadoria e produção dos residentes. Confira a programação completa, composta por exposição, exibição de filmes, performance, rodas de conversa e pocket show.

Fractal é tecnologia ancestral. É uma figura geométrica produzida por meio de equações matemáticas, em que o todo forma a parte e a parte reflete o todo, assim como o todo traduz a parte. No continente africano, está no design dos tecidos, esculturas, máscaras e cosmologias religiosas; na arquitetura e urbanismo, em aldeias e montanhas de Camarões ou Zâmbia. Na residência Territórios Curatoriais, o fractal é invocado pela curadoria para refletir sobre corpos dissidentes, poéticas diversas, violência e apagamentos sociais.

Curadores residentes: Aymée Godoy, Geovana Melo, Jorge Freire, Juliane Gamboa, Junior Negão, Lucas Magalhães, Letícia Puri, Marina Souza, Rosemeri Conceição, Thamires Siqueira e Yuri Menezes.

Mentores: Carolina Rodrigues de Lima, Jean Carlos e Melissa Alves.

PROGRAMAÇÃO

CONTRACENTRO: CARTOGRAFIAS DO SUBÚRBIO
Exposição . 10h – 18h

A exposição apresenta os territórios físicos e simbólicos da cidade. Por meio da fotografia, os artistas Rapha Sancho, Manoela Anastácia, Tayná Uraz, Nayane Silva, Bárbara Copque, Patrick Marinho e Emanuely Potyguara expressam de maneiras múltiplas os significados, questionamentos, críticas e celebrações presentes nos subúrbios cariocas. Por meio da representação e representatividade ali presentes, é possível reivindicar novos imaginários para o que é contra-hegemônico, descentralizando o pensamento e trazendo o protagonismo para tais espaços e pessoas.

Salão de Eventos

TERRITÓRIOS DE CRIAÇÃO
Ativação/performance . 10h – 18h
Intervenção . 12h – 14h

Obra/ação artística que resgata a memória da fábrica enquanto promove uma reflexão sobre o impacto social e os espaços não formais de arte. Em uma tela formada por fractais (camisas de algodão brancas) sobrepostas umas às outras formando um painel, os artistas Cety Soledad, Mayra Carvalho e Lolly vão intervir com sua técnica pictórica.

Salão de Eventos

PERCURSOS TERRITORIAIS
Sessão de filmes e conversa . 10h – 12h

Trajetórias formadas por diferentes percursos se cruzam em meio ao território do Rio de Janeiro, em caminhos interligados em um mesmo objetivo: coexistir e habitar na cidade.  Seja na arte, cultura, lazer ou infraestrutura, os curtas do programa apresentam diferentes formas de ocupação desses espaços e sua importância. Após a exibição, haverá uma roda de conversa sobre direito à cidade, história local, patrimônio histórico e produção artística sob um viés territorial, divergente dos grandes centros. Conversa com Rossandra Leone, Bruno Ribeiro, Sandra Maria, Ynara Noronha e Giulia Maria Reis será mediada por Lucas Magalhães e Thamires Siqueira.

Pipa o ano todo, de Rossandra Leone. Brasil, 2022. 16’41”. Classificação indicativa livre.
BR3, de Bruno Ribeiro. Brasil, 2018. 22’45”. Classificação indicativa livre.
Memória não se remove: museus das remoções, de Lia Peixinho. Brasil, 2022. 12’54”. Classificação indicativa livre.
Crônicas de Santa Cruz, de Ynara Noronha. Brasil, 2023. 15’. Classificação indicativa livre.
Km/h, de Giulia Maria Reis. Brasil, 2023. 6’. Classificação indicativa livre.

Programação acessível com legendas e intérpretes de Libras. Auditório da Cinemateca do MAM.

CONVERSA COM CURADORES
14h – 15h

Conversa com curadores da programação, mediada por Geovana Melo e Marina Souza.

Programação acessível com intérpretes de Libras. Salão de Eventos.

TODO TELHADO TEM UMA SUSTENTAÇÃO – DIÁLOGOS SOBRE ARTES E MULHERISMOS
Roda de conversa . 15h – 17h

Em junho de 2023,  ao ser premiada pelo Museu Nacional de Música Afro-americana, a artista Missy Elliott agradeceu a todas que a precederam e afirmou: “Nenhum telhado numa casa pode ficar sem sustentação. Aqueles antes de mim, representam cada tijolo necessário para mantê-la de pé.”  

Tomando o Atlântico como elemento de coesão das múltiplas artes  em diáspora, vamos em busca das trajetórias e presenças de mulheres artistas que, em solo brasileiro, funcionaram como início e fim, parte e todo, parede e telhado de um mesmo processo criativo. 

A pesquisadora Juliana Pereira e as artistas Azizi Cypriano, Azula e Tayna Uraz são as convidadas deste encontro para ouvir e festejar as vozes e artes das muitas mulheres, indagando sobre apagamentos, limites, estratégias e porvir. Mediação por Rosemeri Conceição e Aymée Godoy.

A roda de conversa será iniciada com uma performance de Juliane Gamboa, com a leitura do poema Vozes-Mulheres, de Conceição Evaristo.

Programação acessível com intérpretes de Libras. Salão de Eventos.

AZULA E ELOÁ PURI
Pocket show . 17h – 18h

Azula
Cantora e compositora. Sua arte é travesti. Atualmente produzindo seu primeiro EP, que relata questões relacionadas aos traumas das populações negras e LGBTQIAPNB+ e as reelaborações e possibilidades de superação. A artista traz referências no jazz, mpb, samba, R&B e letras que tratam da realidade social do país, de afetividade, autocuidado e amor. Nascida na zona oeste do Rio de Janeiro, começou sua trajetória na música ainda criança nos coros de igreja, aos vinte e dois anos iniciou uma vivência de corporeidade trans negra, em que a música aparece como forma de expressar suas inquietações.

Eloá Puri 
Cantora e compositora. Suas composições são marcadas pela musicalidade indígena e pela representação da paisagem sonora da natureza. As entidades naturais podem ser contempladas em narrativas como o assobio dos sacis, o trovão, a cachoeira, o vento. O show “ah lekah txori” traz uma mensagem de retomada: é preciso saber quem se é e de onde vem para honrar os ancestrais, em que nada é realizado fora da ótica da coletividade.

Salão de Eventos


O projeto Territórios Curatoriais é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Deloitte e XP Inc. por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS e pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.



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