MAM para educadores: 50 anos dos Domingos da Criação

Liberdade, poética e criatividade marcaram as edições dos Domingos da Criação, organizados por Frederico Morais em 1971 no MAM Rio, ocasião na qual o artista, crítico e curador era coordenador dos cursos do Bloco Escola. A experiência partiu da premissa de que qualquer material, incluindo sobras industriais, pode ser usados para a criação de trabalhos artísticos. Morais defendia ainda que todo ser humano é criador, independentemente de cultura ou formação artística. Os Domingos da Criação aconteceram em meio às mudanças radicais na arte e cultura brasileira nos anos 1960 e 1970, e ampliaram os sentidos de arte e educação, assim como o conceito e o papel do museu, que nesta experiência configurou-se como um lugar de criação.

O curso do MAM para Educadores “50 anos dos Domingos da Criação – museu e experimentação” rende homenagem a Frederico Morais e à importância dos Domingos da Criação na história do MAM Rio. Além disso, debaterá sobre o que significa, atualmente, um museu se definir como experimental. Serão três encontros online, nos dias 11, 12 e 13 de maio, das 19h às 21h, via plataforma Zoom. 95 vagas com inscrições via formulário.

Participantes

Jessica Gogan
É curadora, pesquisadora e educadora e diretora do Instituto MESA no Rio de Janeiro e editora geral da Revista MESA. Doutora em História da Arte pela Universidade de Pittsburgh nos EUA (2016) pesquisa e atua nas interfaces entre arte e sociedade com foco nas intersecções das práticas artísticas, clínicas e pedagógicas e modos de curadoria colaborativa e coletiva além dos modelos expositivos. Seus principais projetos nos últimos anos incluem: a co-organização da Revista MESA no 6 “Vidas escondidas”(recém lançado) e Revista MESA no. 5 “Cuidado como método” com a participação de mais 100 contribuidores / colaboradores nacionais e internacionais e o projeto de pesquisa e publicação Domingos da Criação: Uma coleção poética do experimental na arte e educação premiado pelo Itaú Rumos e lançado em 2017 sobre os eventos organizados por Frederico Morais no MAM-RJ em 1971. Foi diretora de educação e curadora de projetos especiais no Museu Andy Warhol EUA e atualmente é professora colaboradora no Programa de Pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense.

Bruno Brulon
Professor de Museologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e professor do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (UNIRIO/MAST). Doutor em Antropologia (2012) e em História (2019) ambos títulos pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Coordena o Grupo de Pesquisa Museologia Experimental e Imagem (MEI) desde 2014 e o Laboratório de Museologia Experimental (LAMEX) desde 2017. É autor e organizador de diversas publicações em Museologia e Patrimônio, incluindo a série de livros Descolonizando a Museologia (2020-21) editada pelo ICOM e pelo ICOFOM. Atualmente é presidente do Comitê Internacional de Museologia (ICOFOM) e co-presidente do Comitê Permanente para a Definição de Museu do Conselho Internacional de Museus (ICOM Define). 

Janaina Melo 
É graduada em História (UFMG); pós-graduada pela Escola Guignard (UEMG). Atualmente desenvolve pesquisa de mestrado no PPG-PMUS UniRio/MAST. Atua como profissional de museus nas áreas de educação e desenvolvimento de programas públicos e, há 18 anos, colabora com diferentes instituições: Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (MG); Instituto Inhotim, Brumadinho (MG), Museu do Ingá (Niterói), Escola de Artes Visuais Parque Lage (RJ). Foi Gerente de Educação do Museu de Arte do Rio – MAR (RJ) contribuindo para a criação e desenvolvimento do projeto pedagógico do museu – Escola do Olhar. Dentre as curadorias que realizou destaca: Múltiplos Olhares – Mulheres artistas nas coleções da FUNARJ, (Museu do Ingá, 2021); Faca Cega – mostra individual de Paulo Nazareth (Museu de Arte da Pampulha 2018-19); Meu Mundo Teu – mostra individual de Alexandre Serqueira co-curadoria com Clarissa Diniz (Museu de Arte do Rio, 2016); Há Escolas que são gaiolas, há escolas que são asas co-curadoria com Paulo Herkenhoff (Museu de Arte do Rio, 2014). Atualmente é Diretora de Desenvolvimento e Articulação Institucional da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Organizou livros-depoimentos de artistas brasileiros para a editora C/Arte, além de publicações educativas: Laboratório Inhotim (2008-10) Descentralizando o Acesso – visitas escolares ao Instituto Inhotim (2010-12) e Escola do Olhar: Práticas Educativas do Museu de Arte do Rio (2018).

Mediação: Gleyce Kelly Heitor e Leno Veras



Acessibilidade | Fale conosco | Imprensa | Mapa do Site