Beatriz Lemos é a nova curadora adjunta do MAM

A pesquisadora e curadora carioca Beatriz Lemos assume a Curadoria Adjunta do MAM Rio, como resultado da chamada aberta lançada em outubro, que resultou em 139 candidaturas. Com mestrado em História Social da Cultura pela PUC-RJ, ela é idealizadora e diretora da plataforma Lastro – Intercâmbios Livres em Arte. A partir de perspectivas anticoloniais, atua na condução e articulação de processos em rede e transdisciplinares de criação e aprendizagem. Em colaboração com o MAM Rio, Beatriz coordenou o projeto de catalogação dos acervos de obras e documentos de Márcia X (1959-2005), que culminou na exposição monográfica da artista, em 2013.

“Estou muito feliz por fazer parte dessa equipe que tanto admiro. Venho acompanhando de longe os movimentos de renovação impulsionados pela nova gestão do museu e com certeza esse é o lugar onde quero estar neste momento, somando na intenção de um projeto institucional que priorize a escuta e o diálogo. O MAM Rio ocupa uma posição fundamental no meu processo de formação como profissional da cultura e enquanto público de arte. Assim, é no campo do desejo que se dá esse meu retorno ao Rio de Janeiro, com a possibilidade de desenvolver um trabalho que significa operar mudanças em algumas estruturas de mundo que já não mais queremos”, celebra Lemos.

A Curadoria Adjunta se reporta diretamente à Diretoria Artística e implementa a visão artística e a missão do MAM Rio. É responsável pelo desenvolvimento dos projetos expositivos organizados pelo museu e pelas relações desses projetos com as atividades do Núcleo Artístico, incluindo pesquisa, conservação, educação e formação.

“O programa que queremos desenvolver no MAM precisa de um grupo de pessoas trabalhando juntas para abrir caminhos e repensar processos e ideias. Beatriz, em sua longa trajetória profissional, tem demonstrado capacidade para trabalhar em coletivo e para articular visões tradicionais com novos jeitos de fazer. Estamos muito felizes por sua chegada”, afirma Pablo Lafuente, diretor-artístico do MAM Rio.

São atribuições do cargo de Curadoria Adjunta:

  • Concepção e desenvolvimento de exposições junto à Direção Artística, assim como curadores convidados, artistas e outros agentes culturais;
  • Gestão de projetos;
  • Pesquisa de práticas artísticas e culturais sobre temáticas, áreas e linhas definidas com a Direção Artística;
  • Escrita de ensaios curatoriais, projetos para editais e outros materiais textuais;
  • Desenvolvimento e manutenção de canais de comunicação com as diversas gerências e equipes do museu;
  • Contribuição aos diferentes programas do Núcleo Artístico, incluindo atividades de pesquisa, documentação, educação e formação;
  • Contribuição à composição de orçamentos, mantendo sempre responsabilidade orçamentária e participando de atividades de captação, sob indicação da Direção Artística;
  • Representação do museu nas plataformas, eventos e ocasiões que seja necessário, seguindo as políticas e protocolos indicados.

Sobre Beatriz Lemos

Beatriz Lemos é pesquisadora e curadora autônoma, com mestrado em História Social da Cultura pela PUC-RJ. É idealizadora e diretora da plataforma Lastro – Intercâmbios Livres em Arte. A partir de perspectivas anticoloniais, atua na condução e articulação de processos em rede e transdisciplinares de criação e aprendizagem.

Em colaboração com o MAM Rio, coordenou o projeto de catalogação dos acervos de obras e documentos de Márcia X (1959-2005), que culminou, em 2013, na exposição monográfica da artista e o lançamento de seu catálogo raisonné. Entre 2015/2016, integrou o programa Curador Visitante da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), que se desenvolveu na criação das bases atuais da Biblioteca | Centro de Documentação e Pesquisa da EAV. No ano de 2015, realizou a etapa de pesquisa Lastro Centroamérica, viajando com artistas e curadores brasileiros, entre Panamá, Costa Rica, Guatemala e México, resultando em exposição Lastro em campo: percursos ancestrais e cotidianos, no Sesc Consolação (SP) em 2016.

Fez parte das comissões curatoriais do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2017) e da Bolsa Pampulha (2018/2019), e coordenou a residência artística Travessias Ocultas – Lastro Bolívia, que se desdobrou em uma exposição no Sesc Bom Retiro (SP, 2016/2017). Atualmente, integra a equipe curatorial da 3ª Frestas – Trienal de Artes (Sorocaba, SP).



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