Guy Brett: embaixador do neoconcreto

O MAM Rio presta uma homenagem ao britânico Guy Brett, que faleceu na última segunda-feira (1º fev) aos 78 anos. Crítico de arte e pesquisador, ele foi um nome importante na promoção de arte brasileira no exterior, principalmente, nos anos 1960, e por isso era chamado de “embaixador do neoconcreto”. Em 1969, foi ele quem ajudou a organizar a primeira mostra de Hélio Oiticica na Whitechapel, em Londres.

Em 2017, o MAM Rio realizou a coletiva “Guy Brett: A Proximidade Crítica”, uma exposição tributo, em reconhecimento a sua longa dedicação intelectual e afetiva à arte brasileira. Foram expostas 36 obras de Antonio Manuel, Waltercio Caldas, Lygia Clark, Carla Guagliardi, Jac Leirner, Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Mira Schendel e Tunga. A curadoria foi de Paulo Venancio Filho, em colaboração com Luciano Figueiredo.

“Caso raro, talvez único, de crítico que se dedicou mais à arte de outro país do que a de seu próprio, Guy foi um dos pioneiros do reconhecimento das artes plásticas além das fronteiras da Europa e dos Estados Unidos. Quando pouco, ou nada, se conhecia da arte moderna brasileira no âmbito internacional, Guy escreveu sobre, promoveu e agiu como um verdadeiro e sincero admirador daqueles artistas que primeiramente conheceu no início dos anos 1960: Sergio Camargo, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Mira Schendel. Artistas hoje reconhecidos mundialmente que já naquela época, Guy foi capaz de perceber e admirar a originalidade e inventividade de seus trabalhos. Por mais de 40 anos mantém um contato ininterrupto com o que se faz de arte no Brasil – seja in loco ou em intensa correspondência epistolar, Guy foi um interlocutor e amigo de pelo menos três gerações de artistas brasileiros”, afirmaram os curadores no período da mostra.

Autor ensaios sobre as obras de diversos artistas brasileiros e Brett também escreveu o livro “Brasil Experimental – Arte/Vida: Proposições e Paradoxos”.



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